Considerado sinônimo de inovação, tecnologia e conectividade, o Japão está mostrando como aliar a sustentabilidade ao maior evento esportivo do mundo.
Todos os olhos estão voltados para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que devido à pandemia de COVID-19, tiveram início nesse ano, no dia 23 de Julho, com uma cerimônia de abertura pautada em recomeço.
Os países que sediam eventos esportivos de grande porte são analisados por um microscópio. Um exemplo recente foi o Rio de Janeiro, que sediou a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, que evidenciaram diversos problemas que o Brasil passava (e ainda passa) para o exterior.
O Japão sabe da responsabilidade e da vitrine que se tornou ao aceitar sediar um evento dessa magnitude. Por isso, investiu pesado em diversas frentes para que as olimpíadas tenham saldo positivo para o país, seja para atrair novos investidores ou turistas, por exemplo, o país sabe da importância de um evento organizado, moderno e sustentável.
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A Olimpíada da tecnologia
A cada quatro anos esperamos ansiosamente para assistir pela televisão aos Jogos Olímpicos e torcer pelo nosso país, além de conferir quais são as novidades em relação às tecnologias que serão apresentadas durante o evento.
Em especial, nessas olimpíadas, as expectativas não podiam ser maiores, já que o Japão é um dos países mais inovadores e tecnológicos do mundo, responsável por criar diversos aparelhos eletrônicos que fazem parte da nossa rotina, por exemplo.
Já na Cerimônia de Abertura, além de organizada e com discurso contundente com o momento que estamos passando com relação à pandemia, fomos surpreendidos por mais de 1.800 drones que formaram o Planeta Terra no céu, um verdadeiro espetáculo.
Antes mesmo dos drones iluminarem o Tokyo Olympic Stadium, o Comitê Organizador divulgou uma lista de medidas cujo objetivo principal é proteger o meio ambiente e inspirar futuros eventos a adotarem ações similares.
Apesar de mais da metade das instalações esportivas estarem prontas antes mesmo de Tóquio ser escolhida a sede das Olimpíadas, isso não evitou que o orçamento do evento estourasse e se tornasse o mais caro de todos os tempos.
O país precisou adotar medidas sanitárias mais duras e adiar o evento por conta da pandemia, mas o aumento dos gastos não se deve apenas a esses motivos, já que o Japão investiu pesado em arenas consideradas as mais modernas do mundo.
As instalações construídas especialmente para os jogos ou reformadas, oferecem o que há de mais inovador no esporte, principalmente com relação a técnicas de sustentabilidade e preservação do meio ambiente utilizadas em boa parte dos espaços, a começar pelo Estádio Olímpico, principal palco dos Jogos.
Sustentabilidade é um dos pilares principais do evento
Com o lema “Sejamos melhores, juntos – Para o planeta e as pessoas”, o Comitê Organizador estipulou diversas estratégias para diminuir o impacto humano na natureza para que esse se tornasse os Jogos Olímpicos mais sustentáveis da história.
Para se ter uma ideia, até mesmo a tocha olímpica é reciclada, com cerca de 30% de resíduos de alumínio, passando pelos pódios e medalhas, fabricados a partir de materiais recicláveis, até com as polêmicas camas fabricadas de papelão reciclado, utilizadas pelos atletas na Vila Olímpica, que garantem serem confortáveis.
Já nas arenas, foram utilizadas gramas sintéticas, feitas de plástico reciclável, além do reaproveitamento dos materiais que serão utilizados para construir escolas após o fim dos jogos.
Energia Solar é destaque nas Olimpíadas
Uma das propostas mais ousados do Comitê Organizador, é atingir 100% de energia renovável para a eletricidade usada nas instalações olímpicas através do uso de fontes de energia limpa e de um sistema de certificação verde.
O maior aliado para a geração de energia limpa são os painéis solares, presente também nas arenas, além da tecnologia que permite que o campo se mova para aproveitar a luz natural.
Nas instalações, diversas medidas também foram implantadas para melhorar a eficiência energética, além da substituição de veículos a motor, por veículos elétricos.
Energia Solar nas Arenas
As diversas instalações construídas ou reformadas, especialmente para o evento, contam com inovação e tecnologia de ponta para a prática dos esportes, sem deixar de lado a sustentabilidade.
As arenas possuem design focado em promover a eficiência energética, é o caso do Estádio Olímpico, que permite o fluxo de ar natural, que evita a dependência de ar-condicionado durante o verão no Japão.
A Ariake Arena, conta com painéis solares que cobrem o teto curvado, projetados de maneira que evita que os reflexos de luz sejam projetados em direção aos edifícios próximos.
Já a Musashino Forest Sport Plaza, possui teto com painéis de energia solar, responsável por abastecer parte do local.
A energia que move empresas e pessoas
Para que o mundo possa ser mais sustentável e limpo no futuro, devemos estar preocupados com a energia que nos move e podemos fazer isso de várias maneiras, como mostra o Japão.
Podemos utilizar equipamentos mais eficientes e com menor consumo de energia elétrica, buscar alternativas para produtos mais sustentáveis e amigos da natureza, consumir conscientemente e gerar energia elétrica de forma limpa e sustentável através da instalação de uma usina fotovoltaica em nossos terrenos, comércios e empresas.
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