Com previsão de duração até abril de 2022 por conta da crise hídrica no país, a nova bandeira escassez hídrica é muito superior à vermelha patamar 2 com quase 50% de aumento na taxa de R$ 9,49 aplicada atualmente.
Em vigor desde o dia 1º de Setembro de 2021, a nova bandeira tarifária Escassez Hídrica foi divulgada pelo governo e pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica – um dia antes, na terça-feira do dia 31 de Agosto. Segundo o texto oficial, publicado no Diário Oficial da União:
“A ANEEL deverá implementar a bandeira escassez hídrica no valor de R$ 142,00/MWh, ou seja, R$ 14,20 a cada 100 kWh. A bandeira deve vigorar de setembro de 2021 a abril de 2022. Segundo o Diretor da ANEEL, André Pepitone, a nova bandeira tarifária provocará um aumento de 6,78% na tarifa média dos consumidores regulados.”
O aumento é causado principalmente pela crise hídrica que vem afetando o nosso país nos últimos meses, a pior nos últimos 91 anos, que tem forçado o setor de energia elétrica a tomar medidas extremas para não haver falta de energia em território brasileiro nos próximos meses de outubro e novembro, esse aumento na tarifa é uma medida necessária para que o déficit do setor não se torne insustentável para o país.
Com um sistema energético praticamente dependente das hidrelétricas, o que assusta é que o mês de agosto os níveis de chuva foram menores do que o esperado e segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS) a oferta de energia a partir de setembro pode ser incapaz de atender toda a demanda dos próximos meses, fazendo com que o país tenha que importar energia de países vizinhos como Uruguai e Argentina ou até mesmo correr o risco de passar por apagões pontuais em regiões mais críticas.
As bandeiras tarifárias fazem parte de um sistema criado pelo governo em 2015 para cobrar e sinalizar ao consumidor o custo e o consumo de energia. As bandeiras mudam de acordo com os níveis dos reservatórios, começando pela bandeira verde quando os níveis estão altos e podendo chegar até a nova bandeira quando os níveis estão baixíssimos e há a necessidade do acionamento de usinas térmicas para suprir a demanda de energia do país, gerando um custo adicional ao consumidor.
Com a adição da nova bandeira escassez hídrica, atualmente temos 4 tipos de bandeiras em vigor, que vão da bandeira verde para amarela, vermelha e escassez respectivamente. Confira o gráfico e entenda como funciona o sistema de bandeiras no Brasil:
Esse já é o segundo reajuste aplicado no ano de 2021. No final do mês de junho, a Aneel já havia reajustado a bandeira vermelha patamar 2 de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos, o que já representava uma alta de 52% naquele período.
Confira como foi a progressão de bandeiras no decorrer dos últimos meses:
Segundo a Aneel, a nova bandeira irá provocar um aumento de cerca de 6,78% na tarifa média da conta de luz dos brasileiros (regulados pelas distribuidoras). Para incentivar a economia, o governo também anunciou que haverá um desconto de R$ 0,50 por kWh economizado na fatura dos consumidores que atingirem uma economia entre 10% e 20% nos próximos meses.
Vale ainda lembrar que a nova bandeira Escassez Hídrica não afetará os cidadãos inscritos na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE)
Com o objetivo de fugir dos altos custos de energia elétrica, que antes do aumento chegavam a representar cerca de 40% dos custos totais de uma empresa ou indústria, muitas têm dado prioridade máxima na busca por novas maneiras de economizar o consumo energético com fontes renováveis.
Nesse momento de crise energética, investimentos em projetos de energia renovável são cada vez mais atraentes. No topo de todas as alternativas, a energia fotovoltaica tem conquistado cada vez mais empresas, gerando grandes cases de sucesso com parques solares empresariais que reduzem o consumo de energia em grandes níveis, com durabilidade superior a 25 anos e pouca necessidade de manutenção, o que pode gerar retorno a médio prazo e muita economia e eficiência energética para quem busca esse investimento.
Além disso, empresas que conquistam a independência energética ganham mais segurança e previsibilidade financeira, evitando a preocupação futura com aumentos frequentes, impostos e taxas como as que estamos presenciando agora.
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